Pensando em você

Hoje eu sonhei com você, acordei apreensiva e desesperada para te ter em meus braços. Um tímido "bom dia", e assim segue um longo dia cheio de ansiedade. 

Eu pensei em você, abrindo meu celular a cada instante para ver se eu recebia uma resposta, o coração acelera ao ver um ícone. Pergunto receosa se devo evitar enviar mensagens, horas se passam... nada. Penso no que fazer, meu almoço foi dedicado a escrever sobre você, cada vez mais que meus dedos batiam na tela mais o meu coração acelerava, angustiada e ao mesmo tempo tão aceso, latejando de paixão. 

Uma paixão misturada com culpa, arrependimento, por que eu não notei isso antes? Os dedos continuam a bater nas teclas. Eu faria um pequena listinha de prós e contras, pelo menos essa era a ideia inicial. Depois eu olhei no relógio, passei minha única hora de descanso escrevendo 4 paginas inteiras de motivos que fazem eu te amar. Meus olhos lacrimejaram, não há tempo para chorar, preciso persistir.

Sua resposta veio horas mais tarde, um gentil e simples sim. Uma geada invade meu coração, não posso surtar, ele precisa do seu espaço e eu preciso respeitar. Meu coração lateja de agonia, volto para casa calada, estática e paralisada, desejando internamente que eu o possa ver mesmo que seja de relance pela sua janela e não ocorre.

Meus lábios secam e minha garganta fecha. Eu sinto sua falta, desejo e anseio pelo seu amor, desejo e anseio te amar. Quero me sentir de novo envolta do seu abraço e poder me afogar em seus beijos até a minha sanidade se desfazer por inteira. Quero olhar nos seus olhos e dizer o quanto eu te amo, quero poder fazer carinho nos seus cabelos enquanto ouço suas histórias. Quero ser chamada pelos seus apelidos carinhosos, quero ouvir o som da sua risada, quero ver os seus olhinhos cheios de amor acompanhados de um suspiro.

O amargo e cruel veneno do arrependimento desce pela minha garganta, que antes fechada, agora se corta e sangra. Sinto como se eu engolisse arame farpado, sufocando em minha própria culpa e veneno. Eu aperto os lábios como se tentasse engolir a seco, sangrar por dentro dói, mas sangrar pela alma é uma espécie de tortura mortal. Meus olhos perdem total noção da realidade, eu só consigo enxergar você a minha frente, desejando loucamente que venha até mim.

Eu o machuquei, fiz o que nunca pensei que seria capaz de fazer. Meu amor, o ser que eu mais entrelacei minha alma, pulei vendada de um precipício e eu sempre tive a certeza de que você estaria lá para me segurar. Minha queda foi insegura, você me pegou e eu ainda duvidei quando o vento parecia mais frio. Eu jamais deveria ter sequer ousado ter tal pensamento, se eu pudesse pular novamente eu cortaria minhas veias se elas ousassem saltar de medo, eu confio nele, ele estará lá para me pegar. 

Cai. Meu herói está lá, com os braços envolta de mim e eu por um instante me deixei deslizar, minhas veias estão sangrando. Ele sabe que eu duvidei, não importa que foi por 1 segundo ou que eu tenha me punido por isso, meu sangue mancha sua roupa. Meu erro não tem perdão, quebrei sua confiança, manchei nossa história e agora estou com os braços enfaixados buscando alguma maneira de fazer você me amar novamente. Eu quero gritar, eu quero chorar, eu quero... eu quero você.

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